A instabilidade do tornozelo é resultado de entorses (torções), que machucam os ligamentos que estabilizam a articulação. O tratamento inadequado desse problema pode levar ao desgaste precoce dO tornozelo. Saiba mais sobre o tratamento nestes casos.
O tornozelo possui ligamentos laterais, mediais e da sindesmose. Quando ocorre o entorse (torção), dependendo da forma, esses ligamentos são lesionados. A lesão pode ser um estiramento, uma lesão parcial ou uma lesão total. Não raramente, outras estruturas que compõem ou que estão ao redor do tornozelo são também machucados, tais como os ossos, os tendões e nervos circunjacentes, e a cartilagem desta articulação.
Na maioria dos casos, o tratamento não-cirúrgico para as lesões ligamentares do tornozelo é a primeira opção, sendo que o tratamento cirúrgico se torna necessário nas seguintes situações:
• Na fase aguda, devido à presença de fraturas, lesões ligamentares que desestabilizem demasiadamente a articulação e lesões osteocondrais destacadas (cartilagem).
• O fracasso do tratamento não-operatório, ou seja, dor e instabilidade residuais.
• Anestesia: raquianestesia + sedação; geral + bloqueio regional.
• Procedimentos: artroscopia e reconstrução ligamentar, e para cada tipo de fratura e lesões osteocondrais são realizados procedimentos adicionais.
• Duração: geralmente 2 horas, aumentando conforme o número de procedimentos adicionais .
Infelizmente, qualquer procedimento cirúrgico possui riscos. Podemos dividir em riscos anestésicos, intra-operatórios e pós-operatórios que variam conforme a complexidade da cirurgia. Logo, mesmo com a mais perfeita execução do procedimento, uma pequena porcentagem evolui com complicações. Citamos a seguir algumas delas:
8) Infecção
9) Deiscência da ferida
10) Lesões neurológicas
11) Distrofia Simpático Reflexa
12) Procedimentos ulteriores
13) Trombose venosa profunda
14) Embolia pulmonar
Os entorses de tornozelo geralmente acometem o complexo ligamentar lateral e para o tratamento não-operatório dessas lesões, tanto a bota removível, também chamada de robofoot, e o aircast podem ser utilizados em momentos diferentes. A bota tem como objetivo promover alivio da dor com uma imobilização mais rígida no inicio do tratamento e o aircast impedindo novos entorses durante o tratamento fisioterápico.
A instabilidade residual, ou seja, facilidade de ter novos episódios de entorse, é a principal complicação, sendo mais presente nos casos onde o tratamento fisioterápico não pode ser realizado de forma adequada. Consideramos a melhor abordagem aquela que envolve atividades que fortalecem os músculos do tornozelo, assim como exercícios que irão reestabelecer a capacidade de controlar de forma eficiente o tornozelo (treino sensório-motor).
Vale destacar o laser de baixa potência que parece auxiliar na reparação do(s) ligamento(s) lesionado(s), como mostram os estudos recentes, induzindo a proliferação das fibras de colágeno.
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